Ernesto de Sousa, à esquerda, com amigos, c. 1940.Ernesto de Sousa, on the left, with friends, c. 1940.Paris, c. 1948–52.Paris, c. 1948–52.Paris, c. 1948–52.Paris, c. 1948–52.Com João Abel Manta, Paris, 1949.With João Abel Manta, Paris, 1949.Paris, 1949.Paris, 1949.Com Maria do Carmo Anta, Paris, c. 1948–52.With Maria do Carmo Anta, Paris, c. 1948–52.Ernesto de Sousa, Maria Carmo Anta e Professor Valadares, década de 50.Ernesto de Sousa, Maria Carmo Anta and Professor Valadares, 1950s.No Congresso da Unione Italiana della Cultura Populare, Bari, 1955.At the Congress of Unione Italiana della Cultura Populare, Bari, 1955.Na escola Francisco Arruda. Eduardo Calvet Magalhães, em pé à direita, década de 50.At Francisco Arruda school. Eduardo Calvet Magalhães, on the right standing, 1950s.[?], Lima de Freitas e Carlos Porto, à esquerda; Ernesto Melo e Castro, [?] e Ernesto de Sousa, à direita.[?], Lima de Freitas and Carlos Porto, on the left; Ernesto Melo e Castro, [?] e Ernesto de Sousa, on the right.Ernesto de Sousa, José Fonseca e Costa, ao centro, e outros cinecublistas com Vittorio de Sica, Lisboa, 1957.Ernesto de Sousa, José Fonseca e Costa, in the middle, and other film society members with Vittorio de Sica, Lisbon, 1957.Ernesto de Sousa e António-Pedro Vasconcelos na redacção da revista Imagem, c. 1958.Ernesto de Sousa and António-Pedro Vasconcelo at the magazine Imagem's newsroom, c. 1958.José-Augusto França e Ernesto de Sousa, 1959.José-Augusto França and Ernesto de Sousa, 1959.À porta da SNBA no dia da inauguração da exposição “50 Artistas Independentes”, 1959. Jorge Vieira, Charrua, Barbosa, Vespeira, Sá Nogueira, Fernando de Azevedo, Albertina Mântua, Luísa Bastos, Ernesto de Sousa, Skapinakis, Pedro Vieira de Almeida, Manuel Baptista e José-Augusto França.At the SNBA's door on the day of the opening of the exhibition “50 Artistas Independentes”, 1959. Jorge Vieira, Charrua, Barbosa, Vespeira, Sá Nogueira, Fernando de Azevedo, Albertina Mântua, Luísa Bastos, Ernesto de Sousa, Skapinakis, Pedro Vieira de Almeida, Manuel Baptista and José-Augusto França.Ernesto de Sousa e Leão Penedo, c. 1959-1960.Ernesto de Sousa and Leão Penedo, c. 1959-1960.A filmar "Dom Roberto", 1961.Filming "Dom Roberto", 1961.Raul Solnado, Cândida Calhau e Ernesto de Sousa, década de 60.Raul Solnado, Cândida Calhau e Ernesto de Sousa, 1960s.Luís Filipe Costa entrevista Ernesto de Sousa, década de 60.Luís Filipe Costa interviewing Ernesto de Sousa, 1960s.No atelier de Vitor Palla, c. 1964. Rogério de Freitas, Augusto Abelaira, Isabel do Carmo, entre outros.At Vitor Palla's studio, c. 1964. Rogério de Freitas, Augusto Abelaira, Isabel do Carmo, among others.Com escultura de Franklin, c. 1964.With a sculpture by Franklin, c. 1964.Ernesto de Sousa e alunos do Curso de Formação Artística assistem à performance "Conferência-Objecto" de Ana Hatherly, Galeria Quadrante, Lisboa, 1967.Ernesto de Sousa and students from Artistic Training Course watch Ana Hatherly's performance "Conferência-Objecto", Galeria Quadrante, Lisbon, 1967.Com Carlos Gentil-Homem, Curso de Formação Artística, 1967–68.With Carlos Gentil-Homem, Curso de Formação Artística, 1967–68.Com Jorge Peixinho, 1969.With Jorge Peixinho, 1969.Com Almada Negreiros, 1969.With Almada Negreiros, 1969.Ernesto de Sousa, Carlos Gentil-Homem, Maria Manuel Torres e Isabel Alves, Vigo, c. 1971.Ernesto de Sousa, Carlos Gentil-Homem, Maria Manuel Torres and Isabel Alves, Vigo, c. 1971.Ernesto de Sousa e Isabel Alves, 1972. Fotografia de Ângelo de Sousa.Ernesto de Sousa and Isabel Alves, 1972. Photo by Ângelo de Sousa.Com Joseph Beuys na Documenta 5, Kassel, 1972.With Joseph Beuys at Documenta 5, Kassel, 1972.Com Orlando Garcia, à esquerda, Mário Cortesão Casimiro e Ana Hatherly, 26 de Abril de 1974. Foto: João Perry.With Orlando Garcia, on the left, Mário Cortesão Casimiro and Ana Hatherly, April 26th, 1974. Photo: João Perry.Manifestação do 1º de Maio, 1975. Com Carlos Antunes e Isabel do Carmo.May Day, 1975. With Carlos Antunes and Isabel do Carmo.Congresso AICA em Lisboa, 1976. Julião Sarmento, Helena Vasconcelos, Isabel Alves, João Vieira, Ana Isabel Miranda e Ernesto de Sousa. Na mesa de trás, Salette Tavares, presidente da AICA–Secção Portuguesa.AICA Congress in Lisbon, 1976. Julião Sarmento, Helena Vasconcelos, Isabel Alves, João Vieira, Ana Isabel Miranda and Ernesto de Sousa. On the other table, Salette Tavares, president of AICA/Portuguese Section.Congresso AICA em Lisboa, 1976.AICA Congress in Lisbon, 1976.Robert e Marianne Filliou, Fernando de Filippi, Nicole Gravier, Leonel Moura, Maria João, Isabel Alves e Ernesto de Sousa, Sintra, 1977.Robert e Marianne Filliou, Fernando de Filippi, Nicole Gravier, Leonel Moura, Maria João, Isabel Alves and Ernesto de Sousa, Sintra, 1977.Janas, Sintra, década de 1970.Janas, Sintra, 1970s.Com a directora da De Appel, Wies Smals, durante o congresso do IKG, Amesterdão, 1981.With Wies Smals, director of De Appel, in the IKG congress, Amsterdam, 1981.Mesa redonda integrada na exposição "Atitudes Litorais", Lisboa, 1984. Da esquerda para a direita: José Miranda Justo, Ernesto de Sousa e Cabrita Reis.Talk included in the program of "Atitudes Litorais", Lisbon, 1984. From left to right: José Miranda Justo, Ernesto de Sousa and Cabrita Reis.Nova Iorque, 1983.New York, 1983.
Ernesto de Sousa (Lisboa, 18 abril 1921 - 6 outubro 1988) foi uma das figuras mais complexas e activas do seu tempo, um prolífico artista multidisciplinar e um ávido promotor de sinergias entre gerações de artistas da primeira e da segunda metade do século XX. Defensor de uma expressão artística experimental e livre, dedicou-se ao estudo, divulgação e prática das artes, como à curadoria, crítica e ensaística, à fotografia, ao cinema e ao teatro.
Na década de sessenta, entrou em contacto com o movimento Fluxus e as neo-vanguardas europeias, travando amizade com Robert Filliou e Wolf Vostell. Este contacto foi uma influência determinante para a reformulação da arte como "obra aberta", experimental e participativa, são disto exemplos o exercício teatral Nós Não Estamos Algures (1969), o filme expandido Almada, Um Nome de Guerra (1969-1972) e o mixed-mediaLuíz Vaz 73, obras colaborativas da sua autoria.
Durante esta década, e até aos anos oitenta, organizou cursos, conferências e exposições sobre filme experimental, vídeo-arte, performance e happening, promovendo pontos de contacto entre as neo-vanguardas internacionais e o contexto português.
Ao propor a celebração do Aniversário da Arte de Robert Filliou (Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 1974), Ernesto de Sousa antecipou a Revolução dos Cravos e contrariou a posição periférica de Portugal na Europa. A exposição "Alternativa Zero" (Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa, 1977) sintetiza o seu projecto de criação de uma vanguarda portuguesa em diálogo estético e ideológico com as suas congéneres internacionais.
Publicou, desde a década de quarenta, intensamente em revistas e jornais, sendo a sua crítica instrumental para a divulgar em Portugal práticas artísticas experimentais. O seu forte envolvimento no movimento cineclubista, do qual foi fundador em Portugal, foi um contributo para a eclosão do "Novo Cinema" anunciado pela sua única longa-metragem Dom Roberto (1962), distinguida com dois prémios no Festival da Cannes em 1963. Importa ainda referir o estudo que desenvolveu acerca da arte popular portuguesa e a sua teorização no âmbito da arte contemporânea bem como a revisão da obra de Almada Negreiros, o "ingénuo voluntário" cuja obra anticipava as ideias que Ernesto defendia.
Foi comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza em 1980, 1982 e 1984.
Foram-lhe dedicadas as exposições retrospectivas Itinerários, em 1987, organizada pela Secretaria de Estado da Cultura (comissariada por José Luís Porfírio, Leonel Moura e Fernando Pernes) e Revolution My Body, em 1998, na Fundação Calouste Gulbenkian (comissariada por Helena de Freitas e Miguel Wandschneider).
A Fundação de Serralves apresentou, em 1997, uma reposição da "Alternativa Zero" na celebração dos vinte anos desta exposição e, em 2012, uma reinterpretação dos mixed-mediaAlmada, Um Nome de Guerra e Nós Não Estamos Algures. O Centro Internacional de Artes José de Guimarães organizou, em 2014, a exposição "Ernesto de Sousa e a Arte Popular – Em torno da exposição 'Barristas e Imaginários'".
Criada em 1992 a Bolsa Ernesto de Sousa apoiou, até 2013, vinte jovens artistas na realização de projectos intermedia durante um estágio na Experimental Intermedia Foundation, em Nova Iorque.