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The Promised Land – Requiem para Vilarinho das Furnas, 1979, integra a exposição "O Fotógrafo Acidental" na Culturgest

The Promised Land – Requiem para Vilarinho das Furnas, 1979,  integra a exposição "O Fotógrafo Acidental" na Culturgest

The Promised Land – Requiem para Vilarinho das Furnas, 1979,  integra a exposição "O Fotógrafo Acidental Serialismo e Experimentação em Portugal, 1968-1980l" na Culturgest

Curadoria Delfim Sardo,19 Maio-3 Setembro 2017

A exposição O Fotógrafo Acidental – Serialismo e Experimentação em Portugal, 1968-1980 é uma tentativa de mapear o uso crítico e conceptual da fotografia por artistas visuais em Portugal. A exposição apresenta a obra de Ernesto de Sousa, The Promised Land – Requiem para Vilarinho das Furnas, 1979 e foi realizada uma performance com leitura de textos à semelhança da sua estreia na SNBA em 1980.

A exposição inclui também obras de Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Fernando Calhau, Helena Almeida, Jorge Molder, José Barrias, Julião Sarmento, Vítor Pomar e Leonel Moura. Por ocasião da exposição, foi lançado um catálogo com documentação sobre as obras expostas com textos de  Delfim Sardo, Sérgio Mah, Ernesto de Sousa (18x18  Nova Fotografia), Eduardo Batarda, Fernando Pernes, Leonel Moura e Alberto Carneiro.

Cobrindo um período atravessado pela Revolução do 25 de abril de 1974, a exposição revela as importantes transformações da arte portuguesa num contexto de difícil inscrição cultural das propostas dos artistas. Constituindo uma primeira tentativa de apresentação deste fascinante panorama criativo, a exposição proporciona uma oportunidade rara para compreender também as transformações no próprio uso da fotografia. (...)

  • Do catálogo de O Fotógrafo Acidental, Vilarinho das Furnas: a memória do "swiper-slide": Faria Artur,  Diário de Notícias, 20 Outubro 1979; 

Da aldeia que, em temmpos muito distantes, foi exemplo de comunicade, apenas a memória. Arquivada em filmes, ou recordada em imagens. Quando a Albufeira desce. Agora, talvez até Janeiro.

"Não se pode ser moderno sem descobrir as origens". Estas palavras são do ensaísta e crítico de arte Ernesto de Sousa, que, uma noite destas, em Lisboa, apresentou um conjunto de diapositivos feitos recentemente em Vilarinho das Furnas, aproveitando a oportunidade de a aldeia se encontrar novamente a descobertos das águas.

Vilarinho das Furnas - encravada no granito do sopé da Serra Amarela, no vale do rio Homem - foi alfeira comuitária. Em 1971, os seus campos e casario coeçaram a ser ovadodps +eças águas retidas na barragem ali em construção, que a deixou submersa, pondo fim a uma comunidade animada de vida e cultura muito próprias.

Com o recente esvaiamento da albufeira (para a efetuação de reparações técnicas), de novo emergiram os ressquícios dessa quase Atlantida o Nordeste minhoto. Logo Ernesto de Sousa e sua equipa, de que faia parte o cineasta Fernando de Matos, aproveitaram a oportunidade. E ei-los na serrania a fotografar e a filmar em vídeo". (...)